Da Folha de S.Paulo – Ranier Bragon, Valdo Cruz e Gabriela Guerreiro
Medida pode afetar contas da Previdência, mas ainda precisa passar pelo Senado e por Dilma
o governo, que estima em R$ 9,2 bi os gastos extras se regra já valesse neste ano
Em
um momento de dificuldades para reequilibrar as contas públicas.
Os
deputados aprovaram por 206 votos contra 179 a extensão a todos os
aposentados e pensionistas da regra de reajuste do salário mínimo --que
garante a inflação dos 12 meses anteriores (INPC), mais o crescimento da
economia de dois anos antes.
Hoje,
são corrigidos só pela variação da inflação os benefícios acima do piso
-- cerca de 10 milhões dos pouco mais de 28 milhões de benefícios
previdenciários.
Segundo
o governo, se esses 10 milhões já fossem afetados pela mudança desde
janeiro deste ano, os gastos subiriam R$ 9,2 bilhões.
Em
2016, no entanto, o impacto seria ínfimo se descontada a inflação. O
salário mínimo (hoje de R$ 788) será reajustado pelo INPC de 2015, mais o
PIB de 2014, de 0,1%.
Em 2017, não haverá aumento real, porque o país fechará 2015 com recessão. A
alta pode ser relevante em 2018 (último ano do mandato da petista) e em
2019, se houver retomada da atividade a partir de 2016.
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