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OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de SP quer impedir o juiz Sergio
Moro de usar documentos apreendidos no departamento jurídico da
empreiteira Odebrecht. A entidade acredita que nem mesmo aqueles que
ajudem a provar a eventual culpa dos acusados podem ser incluídos nos
autos.
Na sexta-feira, a OAB foi acionada por
advogados da Odebrecht porque a Polícia Federal queria apreender
documentos nas salas do departamento jurídico. Pela lei, o sigilo do
trabalho dos advogados é inviolável e eles só podem ser objeto de busca e
apreensão se acusados diretamente de ilícitos. A entidade chegou a
peticionar contra a operação. Mas o juiz Sergio Moro entendeu que não
havia ilegalidade e deu sinal verde à polícia.
"Houve, sim, uma violação [do sigilo dos
advogados]", diz Airton Martins da Costa, da comissão de direitos e
prerrogativas da OAB-SP, que acompanhou a busca. "O juiz não deveria
permitir a entrada no escritório jurídico da empresa já que não havia
nos autos indicação de ato ilícito cometido por advogado." (Mônica Bergamo - Folha de .Paulo)
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