O
plenário do Senado foi palco de um forte embate entre o PT, liderado
por Humberto Costa (PE), e o PSDB, defendido por Aloysio Nunes Ferreira
(SP), no fim da tarde de ontem. Durante discurso do tucano com críticas
ao Partido dos Trabalhadores e ao Governo Federal, Humberto pediu a
palavra e afirmou que o PSDB não tem autoridade política para questionar
a legenda e a presidenta Dilma Rousseff e que a mesquinhez dos tucanos
faz com que eles apostem no "quanto pior, melhor".
"Carece ao PSDB autoridade política para fazer críticas ao nosso
governo. Primeiro porque, se estivessem no Governo, estariam tomando
essas medidas na área econômica, que hoje criticam e não têm a coragem
de reconhecer a necessidade. Segundo porque o tempo inteiro criticam o
que chamam de retrocessos em programas como o FIES, o ProUni, o Minha
Casa Minha Vida. Lembre-se Vossa Excelência de que todas essas são
conquistas dos nossos Governos. Na gestão de vocês, nada disso existia”,
rebateu Humberto.
O líder do PT no Senado reconheceu que há certo desânimo na sociedade
brasileira em relação a problemas de ordem política, mas que há um
clima muito mais artificial do que real, principalmente em torno de
temas econômicos. “O PSDB não aplaude nem apoia as medidas do governo
porque, no fundo, aposta na teoria do quanto pior, melhor”, disse. "Mas,
quando governaram o Brasil, o trabalhador brasileiro lembra bem da
fatura que pagou."
O senador ressaltou que os tucanos apresentam um quadro caótico à
população que está muito distante da realidade. “Não é verdade dizer que
a situação econômica do país é caótica. Os pressupostos da economia
brasileira são positivos e temos todas as condições de superar esse
momento. Estamos tomando as medidas corretas para reverter a situação,
medidas que os senhores tomariam em grau muito mais acentuada, sem
qualquer preocupação social”, disparou.
A troca de farpas entre petistas e tucanos no plenário do Senado
envolveu, de um lado, a ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Donizeti
Nogueira (PT-TO), além de Humberto, e, de outro, Aécio Neves (PSDB-MG),
Tasso Jereissati (PSDB-CE), e José Agripino (DEM-RN).
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