Nesta
sexta-feira, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o
grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior
propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida
tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento de um real
para cada 80 devidos (saiba mais aqui).
Gerdau
é o principal mantenedor do Instituto Millenium, um instituto criado
por empresários brasileiros para consolidar um pensamento único no País,
alinhado à direita e ao neoconservadorismo.
Na página do Millenium, aparece como "grupo líder" (confira aqui),
ao lado da Editora Abril, que publica Veja e cujo conselheiro editorial
José Roberto Guzzo, um de seus principais articulistas, publicou artigo
sobre como é insuportável viver no Brasil de hoje (leia aqui) – Guzzo, para quem não se lembra, foi um dos jornalistas citados no Swissleaks.
Voltando
ao Millenium, abaixo do "grupo líder" aparece o "grupo apoio", onde
desponta a RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por Eduardo
Sirotsky. O envolmento da RBS, assim como o de Gerdau, é com a Operação
Zelotes, onde a empresa teria pago uma propina de R$ 15 milhões para
abater uma dívida de R$ 150 milhões. Um negócio bom para quem gosta de
levar vantagem, mas não tão bom quanto o de Gerdau. No caso da RBS, a
relação seria de um real pago para cada dez devidos.
Nesta
sexta-feira, como lembrou Fernando Brito, editor do Tijolaço, a RBS é
sócia de ninguém menos que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do
Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro
da Fazenda de Aécio Neves (leia mais aqui).
Em
sua página, o Instituto Millenium informa trabalhar pela promoção da
democracia, da liberdade, do Estado de Direito e da economia de mercado.
Mas, e os impostos?
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