Do blog de Magno Martins
Até
o momento, nenhum partido da oposição apresentou algum pedido de
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar o que já se sabe
da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga comercialização
de decisões do Conselho Administrativo de Recurso Tributários (Carf) da
Receita Federal.
O
prejuízo ao Fisco brasileiro com a sonegação de impostos é de R$ 19
bilhões, muito maior do que o descoberto na operação Lava Jato, que
mantém presidentes de algumas das maiores empreiteiras do país presos há
meses. Os partidos de oposição, que poderiam aumentar sua 'intifada'
contra o governo e amplificando investigações contra os cofres públicos,
até o momento não se manifestaram.
Nesta
sexta-feira, 3, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que
o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior
propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida
tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento de um real
para cada 80 devidos (saiba mais aqui).
Além
de Gerdau, outros nomes ligados à oposição foram desnudados pela
Operação Zelotes. A RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por
Eduardo Sirotsky, é acusada de ter pago uma propina de R$ 15 milhões
para abater uma dívida de R$ 150 milhões. A RBS é sócia de ninguém menos
que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no
governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de
Aécio Neves, presidente do PSDB.
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