247 - O aumento do Imposto Sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), realizado pelo governador Beto Richa
(PSDB) para tentar salvar as finanças do governo do Estado, terá impacto
significativo no bolso dos paranaenses.
A alta do imposto, que entrou em vigor na quarta-feira, 1º, que será
repassada aos preços, deve reduzir o poder de compra da população em
cerca de R$ 800 milhões em um ano e pressionar a já elevada inflação
local.
Segundo reportagem do jornal Gazeta do Povo, o impacto no IPCA da
Região Metropolitana de Curitiba (RMC) pode chegar a 1,45 ponto
porcentual, inflando um índice que, até fevereiro, acumulava alta de
7,93% em um ano.
O pacote que tenta salvar as finanças do governo estadual elevou de
12% para 18% a alíquota de milhares de mercadorias, revertendo quase
toda a minirreforma tributária feita em 2008 pelo governo Roberto
Requião (PMDB).
Isso significa que o peso do tributo estadual em itens como roupas,
artigos de higiene pessoal, móveis e eletrodomésticos aumentou 50%.
Medicamentos também estavam na lista, mas um decreto de última hora do
governador Beto Richa manteve o ICMS em 12%.
"Um aumento de 6 pontos porcentuais é muito relevante. Dentro dos
setores de comércio e distribuição, são raros os segmentos que conseguem
chegar a uma margem de lucro de 6%. As empresas não têm como absorver
essa alta do imposto", observa Carlos Tortelli, sócio da Consult
Consultoria Empresarial.
Segundo o Departamento Econômico da Federação das Indústrias do
Paraná (Fiep), os produtos com alíquota elevada de 12% para 18% vão
ficar, em tese, 7,32% mais caros. No caso da gasolina, cujo ICMS subiu
de 28% para 29%, o "efeito teórico" da alta do ICMS no preço é de 1,41%.
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