Realle Palazzo-Martini, do Goiás247 - O ex-senador
Demóstenes Torres treplicou em nota que a agonia do ex-aliado Ronaldo
Caiado, líder do DEM no Senado, apenas começou e que ele perderá o
mandato nos próximos dias. Demóstenes sugere em nota, divulgada no final
da tarde desta terça-feira (31), que apresentará provas das acusações
de que o ruralista teria sido financiado pelo contraventor Carlinhos
Cachoeira nas eleições de 2002, 2006 e 2010. As alegações de Demóstenes
estão contidas em artigo publicado no jornal Diário da Manhã (leia mais
aqui). Caiado, por sua vez, refutou as acusações e classificou
Demóstenes de “psicótico” (leia mais aqui).
No texto vespertino, Demóstenes diz que Caiado “deu uma sapituca” e
que reconheceu quase todos os fatos apresentados pelo procurador de
Justiça. Também refuta três acusações que Caiado lhe faz. Disse ainda
que o senador comete um ato falho: “Eu jamais disse que Agripino Maia
teve qualquer esquema com o Detran.”E questiona: “Ou teve, Caiado?”
Um interlocutor privilegiado do Goiás247 revelou, na
condição de anonimato, que a suposta “operação goiana” envolveria o
financiamento ilegal das campanhas de Agripino e da então senadora
Rosalba Ciarlini (que venceu as eleições ao governo do Rio Grande Norte
em 2010) pela indústria farmacêutica. E que o esquema envolveria a
aprovação de nomes para a Diretoria da Agência Nacional de Vigilancia
Sanitária (Anvisa) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAE) do Senado.
Disse, ainda, que as evidências devem surgir nos próximos dias.
Leia a íntegra da nota de Demóstenes
Ronaldo Caiado, à míngua de qualquer argumento, partiu para a
adjetivação. Deu uma sapituca, reconheceu quase todos os fatos que
apresentei, tentando lhes dar um ar de normalidade. Traz apenas três
pontos novos e inverídicos: que eu tenha chorado perante ele e
dispensado sua lealdade; que tenha Eurípedes Barsanulfo contido o então
diretor-geral da Polícia Civil, Marcos Martins, em uma suposta invasão
do meu gabinete na Secretaria de Segurança Pública; e que o meu suplente
de senador José Eduardo Fleury tenha tentado me chantagear.
Quanto ao primeiro, ninguém jamais me verá nessas condições.
Além do quê, Caiado acredita que o sentimento de lealdade é apenas uma
doença de cachorro. No segundo, ainda que fosse verdade, o que nego,
nunca pedi para que comprassem minhas brigas. Sempre fui homem o
suficiente para enfrentar os meus próprios desafios. O terceiro é apenas
mais uma da safra caiadista de invencionices. José Eduardo Fleury foi
um suplente honesto e dedicado, a quem sempre respeitei.
O senador comete um ato falho. Eu jamais disse que Agripino Maia
teve qualquer esquema com o Detran. Ou teve, Caiado? Sua mitomania
atravessa todas as frases e se consubstancia na afirmação de que os
integrantes da CPI ouviram 250 mil horas de gravações e o inocentaram.
Isso seria o equivalente a passar mais de 28 anos ouvindo, 24 horas por
dia, todos os grampos da Operação Monte Carlo. É apenas mais uma
fantasia construída para dar ar de veracidade à personagem que o senador
canastrão representa.
Essa madrugada fez Ronaldo perder a voz, mas o decorrer dos dias
próximos o fará perder o mandato. Não adianta grunhir porque se gritaria
resultasse em algo, os porcos não morreriam daquela forma. E repito:
comigo é nos termos que já propus, exceto em uma disputa intelectual,
porque cérebro Caiado não possui. Aguarde. Quem viver, verá.
A partir de agora a Justiça vai resolver a minha situação e a
dele. Reafirmo tudo o que disse. A minha agonia está no fim e a de
Ronaldo Caiado apenas se iniciando. Tenho dito.
Demóstenes Torres
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