Da Coluna do Moreno (O Globo)
O circo montado na CPI da Petrobras, para transformar a reunião da
comissão em ato de solidariedade a Eduardo Cunha, não ajudou ao
investigado e maculou a credibilidade do colegiado. O que se ouviu
naquele beija-mão foi algo cômico, além de trágico, e que ultrapassou
também todos os limites do ridículo, como Marcelo Aro (PHS-MG):
— O senhor tem uma luz que há de brilhar neste país. Fortalecer sua excelência é fortalecer a população brasileira.
Além de se defender acusando, como fez com Delcídio Amaral, Cunha
comprou briga com os procuradores. O primeiro caso nos remete a Ulysses
Guimarães: “O denunciado suja a denúncia que faz. Ao apontar um erro,
não quer justiça, quer cúmplice”. No segundo, os procuradores se
sentiram atingidos pela frase de que a peça de acusação contra ele é uma
“piada”. Em ocasiões anteriores nas quais os procuradores ficaram
ofendidos, o outro lado saiu machucado.
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