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sábado, 14 de março de 2015

A grande ópera bufa da CPI



Da Coluna do Moreno (O Globo)

O circo montado na CPI da Petrobras, para transformar a reunião da comissão em ato de solidariedade a Eduardo Cunha, não ajudou ao investigado e maculou a credibilidade do colegiado. O que se ouviu naquele beija-mão foi algo cômico, além de trágico, e que ultrapassou também todos os limites do ridículo, como Marcelo Aro (PHS-MG): 

— O senhor tem uma luz que há de brilhar neste país. Fortalecer sua excelência é fortalecer a população brasileira.

Além de se defender acusando, como fez com Delcídio Amaral, Cunha comprou briga com os procuradores. O primeiro caso nos remete a Ulysses Guimarães: “O denunciado suja a denúncia que faz. Ao apontar um erro, não quer justiça, quer cúmplice”. No segundo, os procuradores se sentiram atingidos pela frase de que a peça de acusação contra ele é uma “piada”. Em ocasiões anteriores nas quais os procuradores ficaram ofendidos, o outro lado saiu machucado.

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