247 - O time
está completo. Editorialistas da Folha de S. Paulo, do Globo, do Estado
de S. Paulo e colunistas como Merval Pereira e Eliane Cantanhêde – ou
seja, todos aqueles que fazem permanente "guerra psicológica" contra o
governo – já haviam condenado o uso dessa mesma expressão pela
presidente Dilma Rousseff no seu pronunciamento do último fim de semana.
Só faltava a revista Veja, a mesma
publicação que apostou em teses como a inflação do tomate e o dólar a R$
3, em algumas capas recentes.
Bem, não falta mais. Neste fim de
semana, a edição de Veja, cuja capa é dedicada ao tema da mentira, nega
que a revista faça qualquer tipo de "guerra psicológica" contra o País
ou contra o governo.
Na reportagem interna, chamada "É um
papo muito cabeça", Veja afirma que Dilma usou uma expressão típica da
ditadura militar, que "a prendeu e torturou", e que isso seria um
exemplo de "síndrome de Estocolmo", como se Dilma estivesse emulando os
generais. A revista também sugere que ela pare com esse tipo de
retórica, porque corre o risco de, em breve, estar repetindo slogans
como "Brasil: ame-o ou deixe-o".
Assim como os demais veículos que
negaram fazer "guerra psicológica", Veja se colocou na posição de quem
faz críticas construtivas. E reconheceu até avanços do governo Dilma. "A
presidente Dilma entra na campanha como favorita. Na área social, os
programas governamentais de combate à pobreza têm mostrado resultados.
Mesmo na economia, há alguns trunfos. O ritmo de contratações perdeu
força, mas as empresas continuam abrindo vagas. A taxa de desemprego, de
apenas 4,6% da população ativa, nunca foi tão baixa", diz Veja.
De fato, o desemprego na mínima da série histórica é um bom trunfo da presidente Dilma neste ano de 2014.
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