Agência Brasil (Brasília) – Sem acesso a alimentos e remédios,
após conflitos entre a comunidade indígena Tenharim e moradores no sul
do Amazonas, os índios deverão receber ajuda da Fundação Nacional do
Índio (Funai). A ajuda é necessária porque o deslocamento deles às
cidades mais próximas, Humaitá e Manicoré, foi interrompido por razões
de segurança.
O prefeito de Humaitá (AM), José Cidenei Lobo do Nascimento,
solicitou ao General Ubiratan Poty, da 17ª Brigada de Infantaria de
Selva, auxílio no fornecimento dos medicamentos e itens da alimentação. O
prefeito vai se reunir nos próximos dias com servidores da Funai e a
equipe de segurança enviada ao local, composta pelas Polícias Federal,
Rodoviária Federal, pela Força Nacional e pelo Exército.
“Preciso saber deles que providências estão sendo tomadas nesse
sentido [de garantir alimentação]. A prefeitura está aqui para ajudar em
todos os sentidos”, disse Nascimento em entrevista à Agência Brasil.
Segundo o prefeito, não há recursos próprios do município para o
abastecimento da comunidade indígena.
O clima na cidade é tenso desde o último dia 16, quando três homens
brancos desapareceram, após serem vistos trafegando de carro pela
Rodovia Transamazônica. Moradores acusam os índios de terem sequestrado
os homens em represália à morte do cacique Ivan Tenharim. Após o
desaparecimento, manifestantes incendiaram o prédio da Funai. Os
servidores foram para Porto Velho, capital de Rondônia, que fica a cerca
de 200 quilômetros de Humaitá.
“O pessoal da Funai está receoso por conta do problema que houve”,
disse o prefeito. “Toda relação comercial deles [índios] é feita aqui em
Humaitá e em Manicoré. É uma dificuldade realmente nesse sentido [de
acesso aos alimentos]”, afirmou
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