Diante do provável voo solo do PSB na eleição presidencial de
2014, o PT aposta na Bahia e no Ceará para manter a vantagem no Nordeste
na disputa pelo Planalto. A reportagem da Folha de São Paulo desta
segunda-feira (30) mostra que com o governador Eduardo Campos (PSB) no
páreo, a ideia é reforçar a campanha da presidente Dilma Rousseff em
solos baiano e cearense para suprir possíveis perdas nos Estados da
região sob gestões do PSB (Pernambuco, Paraíba e Piauí).
“No Ceará queremos dar 2 milhões de votos de frente para Dilma.
Dificilmente Campos ou outro candidato terá espaço aqui”, diz o deputado
José Guimarães (PT-CE). Na Bahia, a meta do governador Jaques Wagner
(PT) é repetir 2010, quando o Estado deu 2,7 milhões de votos de
vantagem para Dilma – a maior do país. No segundo turno de 2010, 48% dos
10,7 milhões de votos da vantagem de Dilma sobre José Serra (PSDB) na
região vieram do Ceará e da Bahia. Pernambuco, Piauí e Paraíba
responderam por 32%.
Entre as armas do PT para manter a hegemonia nordestina estão a força
eleitoral do ex-presidente Lula e o estímulo a rivalidades regionais.
“Dilma terá ao seu lado um nordestino [Lula], que tem peso enorme na
região”, diz Wagner, que deve coordenar a campanha no Nordeste.
A concorrência histórica entre baianos e pernambucanos apareceu em
declaração recente do candidato do PT à sucessão estadual, Rui Costa.
Secretário de Wagner, ele disse que “os baianos não querem ser dirigidos
pelo governo de Pernambuco”, em referência a Campos.
A aposta no Ceará é na força do grupo do governador Cid Gomes (Pros),
que deixou o PSB para apoiar Dilma. Para o cientista político Paulo
Fábio Dantas, a “fratura” entre o grupo de Cid e Ciro Gomes e o de
Campos tem maior potencial de dano ao PSB.(blog da folha)
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