O
PSDB está dando mostras do quanto pode custar a um partido político a
divisão interna entre seus principais quadros. Por mais que o presidente
da legenda e senador Aécio Neves procure, em seus constantes giros
nacionais, costurar a unidade partidária, uma peça se recusa a se
encaixar. É a que está na mão do ex-governador José Serra, que aposta no
recall que seu nome desperta no público, em razão de suas duas
campanhas presidenciais anteriores, para insistir, persistir e resistir
numa posição personalista e exclusivista.
Aécio,
é claro, atua a favor de seu próprio nome para candidato a presidente
em 2014, mas, registre-se, tem tomado o cuidado de recusar todo e
qualquer lançamento de sua própria candidatura até agora.
O
problema é que Serra não sabe praticar esse jogo. Conciliação, como se
observa no histórico político dele, é uma palavra que não faz parte de
seu dicionário. Imposição, sim.Em
outras palavras, a falta de sintonia entre Aécio e Serra, provocada
muito mais pelo paulista do que pelo mineiro, pode, ainda, rachar de uma
vez o partido e espatifar as chances de uma vitória em 2014.
Os
reflexos negativos dessa divisão já aparecem nitidamente nas pesquisas.
No Datafolha de novembro, divulgado ontem, Serra surgiu à frente de
Aécio tanto no cenário que inclui Marina Silva como candidata do PSB
como no que foi feito com o governador Eduardo Campos. Com 19% no
primeiro caso e 22% no segundo, ele superou Aécio, que marcou 15% na
hipótese de Marina concorrer e 19% na simulação com Campos. (Portal BR247)
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