DO "AGORA"
Uma nova facção criminosa tem atuado nos presídios de São Paulo sob a marca de ações violentas, como a decapitação de inimigos.
A organização chamada de Cerol Fino já foi responsável pela morte de
pelo menos sete detentos neste ano em penitenciárias paulistas.
O nome do grupo, segundo agentes penitenciários, é uma alusão às linhas
de pipa feitas com cola de madeira e caco de vidro moído, que cortam
como navalha.
O preso Anderson de Castro Moraes Borges, 28, da Penitenciária de
Andradina (627 km de SP), foi a última vítima da facção criminosa.
Borges dividia uma cela com outros dois detentos no setor disciplinar.
Ele foi decapitado no último dia 28. O coração foi arrancado. A barriga
foi cortada e a cabeça, colocada dentro dela.
Os dois presos acusados pelo crime foram transferidos para a
Penitenciária 1 de Presidente Venceslau (611 km de SP). O presídio
abriga, em setores separados, integrantes de diversas facções que
cometeram falta grave no sistema prisional. Ao menos 50 deles são do
Cerol Fino.
Segundo agentes penitenciários, detentos da facção também já mataram
neste ano dois rivais na Penitenciária 1 de Itirapina (212 km de SP), um
na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, dois na Penitenciária de
Presidente Prudente (558 km de SP) e um em Sorocaba (99 km de SP).
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