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O delegado Erick Lessa apontou dois vereadores como chefes da quadrilha
de legisladores que cobravam propina para aprovar projetos na Câmara
Municipal. De acordo com a versão de Polícia Civil apresentada na tarde
desta sexta-feira (27), os vereadores Sivaldo Oliveira (PP) e Val do DEM
teriam arquitetado o esquema pelo qual eles e outros oito colegas
teriam cobrado vantagens, incluindo o valor de R$ 2 milhões, para
aprovar um empréstimo de R$ 250 milhões junto à Caixa Econômica Federal
para permitir a implantação de um sistema de BRT (Bus Rapid Transport)
no município. Sivaldo e Val fariam a articulação junto aos colegas nas
bancadas do governo e da oposição.
Os dez vereadores acusados de integrar o esquema foram presos no último
dia 18 e soltos ao longo desta semana por determinação judicial. Após a
prisão realizada durante a Operação Ponto Final, os suplentes dos
vereadores tomaram posse no município. Durante uma entrevista à Rádio
Jornal Caruaru, o prefeito José Queiroz (PDT) negou que tenha negociado
com os vereadores e disse que colaborou com a polícia civil. A
investigação durou seis meses.
Os vereadores convocaram uma coletiva para o final da tarde desta sexta
em um hotel da cidade, onde irão apresentar a própria versão sobre os
fatos. Durante o período em que estiveram presos, o grupo ficou detido
na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, no município.
(Blog do jamildo)
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