Do Tijolaço - 27 de Novembro de 2013 | 18:08
A revisão pelo IBGE do crescimento do PIB de 2012 – de 0,9 para 1,5% – não foi nenhuma surpresa.
Na qual, aliás, suas fontes cometem um erro indesculpável, porque não se pode dizer que “tanto podia descer quanto subir” o cálculo do PIB com a incorporação dos dados da Pesquisa Mensal de Serviços, pois este indicador passou quase todo o ano de 2012 com uma variação nominal sempre superior aos 10% em relação ao ano anterior. O que, deflacionado, deve ter correspondido a algo na casa dos quatro por cento de crescimento real.
Embora não se possa simplesmente considerar este dado isoladamente – parte dos serviços é incorporada a conta de consumo das famílias e em outros componentes do PIB, é claro que isso resultaria numa elevação do dado de crescimento de 1,7% do setor de serviços no cálculo anterior do PIB.
Toda a incorporação foi feita de forma transparente, com a publicação, no dia 7 de novembro, de um comunicado do IBGE detalhando os indicadores e a metodologia a serem utilizados.
O anúncio de que o crescimento da economia brasileira no ano passado foi quase o dobro do anteriormente estimado foi tratado com desdém e má vontade pelos jornais brasileiros.
Globo e Estadão publicaram pequeninas chamadas nas suas capas. A Folha, nem isso.
Preferiram dar espaço para a “revolta” pelo fato de Dilma ter antecipado em uma semana os dados (recordem, de 2012) que o IBGE anunciará no dia 3 de dezembro.
Até o Financial Times meteu a colherzinha torta dizendo que isso “tira a credibilidade” das estatísticas brasileiras.
Engraçado é que desde setembro os jornais especulam com o reajuste da gasolina, sem usar informações oficiais e provocam um sobe e desce das ações da Petrobras na Bolsa, num jogo totalmente lesivo à empresa e ao país.
O Estadão chegou até a dizer o dia e o índice – 8% – do aumento.
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