Com
um discurso de ampliação dos direitos dos trabalhadores e de
'revolução' para fazer o país crescer, o pré-candidato à Presidência
Aécio Neves (PSDB) recebeu ontem em Brasília um sinal de apoio do
recém-criado Solidariedade e da Força Sindical. O tucano aproveitou
ainda para dar uma alfinetada em seu principal concorrente da oposição, o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que corre por fora pelo
apoio do Solidariedade.
'Quem
tem condições de enfrentar e vencer o que está aí somos nós, ninguém
mais', discursou Aécio no Bar do Alemão, restaurante que tem como sócios
o deputado federal Eduardo Gomes (SDD-TO) e o ex-deputado Celso
Russomanno (PRB-SP).
Líder
de um partido que já protagonizou vários embates com o sindicalismo,
Aécio prometeu atender a várias reivindicações do setor. Ele disse achar
justo que aposentados tenham um maior reajuste do benefício e prometeu
'reestatizar' a Petrobras, que estaria aparelhada pelo PT. 'Vamos fazer
uma verdadeira revolução no Brasil, fazer esse país crescer no seu
parque industrial, gerando emprego de qualidade.'
O
Solidariedade, que tem 22 deputados federais, foi montado por Paulo
Pereira da Silva, ex-presidente da Força. Paulinho, como é conhecido,
fez várias críticas à presidente Dilma, dizendo que não pretende
conversar 'nunca mais' com ela, que teria descumprido compromissos com
os trabalhadores.
IMEXÍVEL
O
almoço também contou com a presença do ex-ministro do Trabalho e
ex-sindicalista Antonio Rogério Magri, ligado à Força Sindical.
Magri
se notabilizou na gestão de Fernando Collor (1990-1992) pela criação do
neologismo 'imexível' e pela acusação de ter recebido propina de US$ 30
mil para liberar recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço) para uma obra da empreiteira Norberto Odebrecht. (Folha de
S.Paulo - Ranier Bragon)
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