A
exemplo do que ocorria em governos anteriores, desde que assumiu, há
oito meses, o presidente Michel Temer tem distribuído cargos na
administração pública para agradar a seus aliados e garantir apoio em
votações no Congresso.
Sua
estratégia, no entanto, tem sido a de dividir funções de uma mesma
pasta ou órgão para diferentes padrinhos, restringindo as indicações.
O
modelo é o chamado “porteira aberta”, quando a indicação vale apenas
para o cargo específico e não inclui subordinados, por exemplo.
Difere
do chamado “porteira fechada”, modelo mais comum na gestão do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando se permitia que
apadrinhados dos partidos da base ocupassem todos os cargos de livre
nomeação de uma determinada pasta.
Nas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e na de Dilma Rousseff a divisão dos cargos era semelhante ao que ocorre hoje.
O
Estado mapeou os cerca de 150 principais cargos das 24 pastas e
secretarias com status de ministério e encontrou diversos exemplos dessa
divisão, como no Ministério da Educação.
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