segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Imprensa que gritou com Dilma e Lewandowski se cala com Michel e Gilmar

247 – Em julho de 2015, quando a presidente Dilma Rousseff se encontrou com o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, em Portugal, houve uma gritaria generalizada na imprensa brasileira.
Embora a justificativa oficial fosse o reajuste do Judiciário, alegou-se que o real motivo seria sabotar a Lava Jato e o impeachment – que, na realidade, foi um parlamentar liderado por políticos corruptos para afastar a presidente honesta e "estancar a sangria".
Ontem, no entanto, quando Gilmar Mendes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral, foi ao encontro de Michel Temer, que pode ser cassado pelo mesmo TSE, a imprensa se calou – e isso, poucos dias da morte de Teori Zavascki, que estava prestes a homologar as 77 delações da Odebrecht, com acusações sérias contra Temer e vários de seus ministros.
Ou seja: está mais do que claro que há um duplo padrão de julgamento na imprensa brasileira. Contra os inimigos, histeria. Com os amigos, silêncio.

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