247 – Em julho de
2015, quando a presidente Dilma Rousseff se encontrou com o ministro
Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, em Portugal, houve uma
gritaria generalizada na imprensa brasileira.
Embora a justificativa oficial fosse
o reajuste do Judiciário, alegou-se que o real motivo seria sabotar a
Lava Jato e o impeachment – que, na realidade, foi um parlamentar
liderado por políticos corruptos para afastar a presidente honesta e
"estancar a sangria".
Ontem, no entanto, quando Gilmar
Mendes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral, foi ao encontro de
Michel Temer, que pode ser cassado pelo mesmo TSE, a imprensa se calou –
e isso, poucos dias da morte de Teori Zavascki, que estava prestes a
homologar as 77 delações da Odebrecht, com acusações sérias contra Temer
e vários de seus ministros.
Ou seja: está mais do que claro que
há um duplo padrão de julgamento na imprensa brasileira. Contra os
inimigos, histeria. Com os amigos, silêncio.
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