As
táticas da grande batalha estão totalmente definidas: a defesa do
ex-presidente Lula acusa o juiz Sérgio Moro de parcialidade (e as
acusações são tão constantes que por vezes o tiram do sério, levando-o a
bater boca com a defesa); Moro - e outros juízes que examinam o
Petrolão - vão preparando o caminho para que, no dia em que alguém
determinar a prisão de Lula, já seja uma medida esperada - como foi, por
exemplo, a prisão de José Dirceu. Especialistas em Direito comentam que
Moro irá até uma eventual condenação de Lula, mas sem prendê-lo. Lula
se defenderia em liberdade até que um tribunal de segunda instância
rejeitasse seu apelo e, na forma da lei, ordenasse a prisão. Lula é réu
em cinco processos. Basta uma condenação em duas instâncias para que
seja preso e se torne inelegível.
Esta
é a ordem de batalha, que pode mudar conforme os acontecimentos. Uma
tentativa de fuga, por exemplo; mas Lula não demonstrou intenção de
fugir. Foi a Cuba, com jato fretado e tudo, e voltou para enfrentar os
julgamentos. Ou um flagrante de obstrução de investigações. Mas Lula até
agora não deu qualquer indício de irregularidade. Ou, de outro lado,
uma reação explosiva de Moro às constantes acusações de que age com
parcialidade, de que - crime dos crimes! - numa cerimônia pública foi
fotografado sorrindo ao lado de Aécio. Isso serviria para tentar
considerá-lo suspeito.
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