O presidente Michel Temer disse, nesta manhã de hoje, que não vai
tirar o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, do cargo. Em café
com jornalistas no Palácio da Alvorada, Temer afirmou que Padilha
"continua firme e forte no governo". "Não tirarei o chefe da Casa Civil.
Não haverá mudança", disse.
A Coluna do Estadão revelou nesta quinta que o ministro pediu ao
lobista Lúcio Funaro uma entrega de dinheiro no escritório do
ex-assessor da Presidência José Yunes. Funaro teria entregue a Yunes
dinheiro vivo repassado pela Odebrecht. A quantia foi de R$ 1 milhão, de
acordo com a Coluna.
Um dos auxiliares mais próximos de Temer, Yunes deixou o governo após
vir à tona delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Ele
narrou uma reunião em que Temer teria pedido a Marcelo Odebrecht
recursos para o PMDB. Marcelo teria decidido repassar R$ 10 milhões,
sendo que R$ 6 milhões teriam ido para campanha de Paulo Skaf e R$ 4
milhões entregues ao ministro Padilha e Yunes.
À Coluna, Padilha disse que "não pediu" nada a Funaro. No encontro
com jornalistas, o presidente afirmou ainda não ter "nenhuma intenção
neste momento de fazer mudança na equipe". "Naturalmente, não sei o que
vai acontecer daqui pra frente", completou.
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