A
planilha da Odebrecht que detalha pagamentos de propina a políticos
contém o nome de quatro deputados federais que criticaram corrupção
durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Dos
quatro, três foram favoráveis ao impeachment: Antônio Imbassahy
(PSDB-BA), Duarte Nogueira (PSDB-SP) e José Carlos Aleluia (DEM-BA).
Contra o impeachment, Daniel Almeida (PCdoB-BA), também foi listado pela
empreiteira e se opôs a corrupção na sessão que apreciou o impeachment.
De
acordo com informações da Operação Lava-Jato, Imbassahy recebeu R$ 300
mil na campanha de 2014. Ao proferir o seu voto favorável à saída de
Dilma, ele equiparou o voto contra o impeachment em uma parceria com “um
governo do retrocesso, do vale-tudo, mergulhado na corrupção”. De
acordo com o que afirmou o parlamentar na ocasião, “corrupção não se
compara, corrupção se pune”.
Mais
sucinto, Duarte Nogueira, prefeito eleito de Ribeirão Preto (SP), disse
que o Brasil não aguenta mais “mentiras, impunidade e corrupção” e que
seus pais lhe “ensinaram valores e princípios”. Já Aleluia, ao proferir o
seu voto, disse que Dilma “não é honrada” e que ela “roubou na
refinaria, roubou na Petrobras e roubou em Belo Monte”.
Do
outro lado do espectro ideológico, Almeida se dirigiu ao então
presidente da Câmara e falou em uma “conspirata de corruptos liderada
por vossa excelência, deputado Eduardo Cunha”. (Folhapress)
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