O Instituto Lula divulgou, hoje, uma nota afirmando que a Operação
Lava Jato atingiu um "grau de loucura" ao investigar um terreno que não
existe.
Reportagem publicada nesta quarta pela Folha mostra que três
delatores afirmam que a Odebrecht comprou, por intermédio de outra
empresa, um terreno destinado à construção de nova sede para o
instituto. Mas a construção acabou não sendo feita.
Sob o título, "Lava Jato supera Kafka e Minority Report", a nota traz
ainda duras críticas ao juiz Sérgio Moro, que recebeu denúncia sobre o
caso da força-tarefa do Ministério Público Federal.
"A Lava Jato abriu um processo contra Lula por ele não ter recebido
um terreno, que segundo a operação, seria destinado ao Instituto Lula. A
Lava Jato reconhece, porque é impossível não reconhecer, que o terreno
não é nem nunca foi do Instituto Lula ou de Lula. É o grau de loucura
que a Lava Jato chegou na sua perseguição contra o ex-presidente", diz a
nota.
O post, publicado no Facebook, ironiza ainda os procuradores responsáveis pela investigação.
"Ao invés de investigar e apresentar denúncias sobre delitos reais, e
após fechar acordos que tiraram da cadeia pessoas que receberam dezenas
de milhões em desvios da Petrobras, persegue delitos que só existem na
imaginação de Power Point de alguns promotores", diz a nota, em alusão
ao PowerPoint exibido durante entrevista coletiva da Procuradoria, em
setembro.
A nota conclui afirmando que Moro aceitou a denúncia com a intenção
de "gerar manchete". "Moro aceita uma denúncia absurda dessas em poucos
dias, porque o importante é gerar manchete de jornal e impedir Lula de
ser candidato em 2018", encerra.
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