Integrantes do governo Temer dizem
ter informações de que o pior das delações já passou. Mas quem acompanha
a Lava Jato de perto afirma que as colaborações de Marcelo Odebrecht e
de seu pai, Emílio, ainda poderão render dores de cabeça ao presidente
da República. Nos bastidores, no entanto, o que a cúpula do Planalto
mais teme não são os depoimentos de ex-executivos da empreiteira, e sim a
convicção de que Eduardo Cunha não ficará em silêncio por muito tempo.
Cunha esperava que seus companheiros o
ajudassem a tirá-lo da prisão rapidamente. Há dois meses trancado, dizem
que sua paciência está rareando.
Há convicção no Planalto de que o
ex-deputado falará de qualquer forma, mesmo que a Lava Jato não aceite
firmar com ele eventual acordo de delação.
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