Piraí,
RJ Nem Rio, muito menos Uruguai. Enquanto se especula sobre o paradeiro
de Ricardo Teixeira, o ex-presidente da CBF se refugia na Fazenda Santa
Rosa, de sua propriedade, em Piraí (RJ), terra do governador Luiz
Fernando Pezão. Sem a glória de outros tempos, a casa colonial, que um
dia foi sede de uma fábrica de queijos, recebeu o ex-cartola na
quinta-feira. Longe dos holofotes, Teixeira tenta ser discreto. Os
funcionários o esperavam na manhã de ontem, de helicóptero, como de
costume. Mas, acompanhado apenas do cozinheiro, ele encarou, de carro,
os 13km de estrada de terra que separam a fazenda do asfalto, a cerca de
120 km da sua casa no Itanhangá, na Barra da Tijuca.
Ontem,
o ex-dirigente estava na fazenda, mas se recusou a receber a equipe do
GLOBO. Saiu cedo com o administrador para resolver pendências da
propriedade. Na volta, entrou no terreno de 920 mil m² por trás. Se
antes de sua chegada os portões estavam abertos, ao saber da presença da
reportagem, mandou fechá-los. Antes, os funcionários confirmavam que o
chefe estava lá. Temendo reprimenda do patrão, alguns evitavam dar
detalhes de seu paradeiro.
— Ele está aqui, mas saiu — disse um deles.
— Ele chegou ontem, de carro, está aí, sim — confirmou outra.
—
Seu Ricardo está aqui, mas mandou dizer que não vai falar. Vocês nos
desculpem, mas vou pedir para se retirarem. Falei com o administrador, e
ele pediu para vocês saírem — informou um terceiro empregado.
Na
fazenda, no distrito de Santanésia, há cerca de 500 cabeças de gado
para corte. Dias atrás, poucas janelas estavam abertas. Ontem, com o
dono presente, todas estavam abertas. É ali que que Teixeira se refugia
da tsunami no futebol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário