A
AGU (Advocacia Geral da União) levantou uma série de contratos em que o
TCU (Tribunal de Contas da União) incluiu cláusulas segundo as quais as
empresas contratadas podem realizar pagamentos, mesmo a descoberto,
para receber depois. Isso será usado na defesa do governo Dilma Rousseff
no processo das “pedaladas” que corre no tribunal, em que a Caixa
Econômica Federal adiantou o pagamento de benefícios sociais antes de
receber do Tesouro Nacional.
“Como
o TCU pode questionar algo que ele mesmo pratica? Ele admite que os
contratados façam pagamentos que seriam sua responsabilidade”, questiona
o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.
Para
Adams, o tribunal promove um “esforço brutal” para caracterizar como
crime o que seria uma “prática corriqueira, que não foi questionada
inclusive em auditorias do próprio TCU”.
O
advogado-geral diz que, em 2013, houve um boato de que o Bolsa-Família
iria acabar, o que forçou a Caixa a antecipar pagamentos para evitar
caos social –e explicaria a disparada da “pedalada” naquele ano.(Vera
Magalhães - Folha de S.Paulo)
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