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domingo, 7 de junho de 2015

Teixeira se refugia no interior do Estado do Rio

De O Globo - Carolina Oliveira Castro

Piraí, RJ Nem Rio, muito menos Uruguai. Enquanto se especula sobre o paradeiro de Ricardo Teixeira, o ex-presidente da CBF se refugia na Fazenda Santa Rosa, de sua propriedade, em Piraí (RJ), terra do governador Luiz Fernando Pezão. Sem a glória de outros tempos, a casa colonial, que um dia foi sede de uma fábrica de queijos, recebeu o ex-cartola na quinta-feira. Longe dos holofotes, Teixeira tenta ser discreto. Os funcionários o esperavam na manhã de ontem, de helicóptero, como de costume. Mas, acompanhado apenas do cozinheiro, ele encarou, de carro, os 13km de estrada de terra que separam a fazenda do asfalto, a cerca de 120 km da sua casa no Itanhangá, na Barra da Tijuca.

Ontem, o ex-dirigente estava na fazenda, mas se recusou a receber a equipe do GLOBO. Saiu cedo com o administrador para resolver pendências da propriedade. Na volta, entrou no terreno de 920 mil m² por trás. Se antes de sua chegada os portões estavam abertos, ao saber da presença da reportagem, mandou fechá-los. Antes, os funcionários confirmavam que o chefe estava lá. Temendo reprimenda do patrão, alguns evitavam dar detalhes de seu paradeiro.
— Ele está aqui, mas saiu — disse um deles.
— Ele chegou ontem, de carro, está aí, sim — confirmou outra.
— Seu Ricardo está aqui, mas mandou dizer que não vai falar. Vocês nos desculpem, mas vou pedir para se retirarem. Falei com o administrador, e ele pediu para vocês saírem — informou um terceiro empregado.

Na fazenda, no distrito de Santanésia, há cerca de 500 cabeças de gado para corte. Dias atrás, poucas janelas estavam abertas. Ontem, com o dono presente, todas estavam abertas. É ali que que Teixeira se refugia da tsunami no futebol.

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