Do NE10
Betinho era auxiliar de coordenação no Agnes
Foto: Reprodução/JC Imagem
As impressões digitais encontradas no apartamento do
professor José Bernardino da Silva Filho, 49 anos, apontam dois alunos
do Colégio Agnes, um de 17 e outro de 19 anos, como suspeitos de
assassinar o pedagogo a pancadas. A polícia analisa se vai entrar com
pedido de prisão para o mais velho e de atendimento socioeducativo para o
mais novo. Os jovens negam a participação e nenhum deles tem
antecedentes criminais.
O
delegado Alfredo Jorge, do Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), à frente das investigações, além das provas técnicas,
baseou a apuração no depoimento de mais de 20 pessoas. Segundo o
delegado, foi o estudante de 17 anos quem bateu no professor com o ferro
de passar roupas. Ele não descarta, porém, a possibilidade de o outro
aluno também ter participado da agressão.
O pedagogo foi encontrado morto dentro do seu apartamento, no bairro
da Boa Vista, no Centro do Recife, na noite do último dia 16, dois dias
depois de ser visto pela última vez. Ele estava despido da cintura para
baixo, com as pernas amarradas por um fio de ventilador e um fio de
ferro elétrico, usado para espancar sua cabeça, enrolado no pescoço. A
polícia aguarda o resultado de exames para saber se houve relações
sexuais.
Alfredo Jorge está à frente das investigações
Foto: Ana Maria Miranda/NE10
Foram encontrados cachimbos e latas para o uso de crack no apartamento do pedagogo, mas não havia droga.
Alfredo Jorge acredita que a motivação para o crime só será
descoberta se os autores confessarem e explicarem a morte do professor.
Porém, ressaltou que o inquérito pode ser concluído sem essa informação.
Não há previsão para concluir o procedimento e enviá-lo ao Ministério
Público de Pernambuco.
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