Juca Kfouri, que se restabelece de um problema sério de saúde
justamente em meio ao caldeirão que se tornou o futebol – mundial e
brasileiro – nestes dias, publica hoje um texto de "memórias" sobre os personagens brasileiros deste "Fifalão".
Lembranças que terminam com uma frase demolidora: "o mundo das
transmissões esportivas pode ser mais sujo e pesado que o das
empreiteiras".
É impossível separar os muitos milhões que elas custam dos muito mais
milhões que geram e dos vários milhões que, para consegui-las, se
distribuem das gavetas para gavetas.
Por mais que seja cultivada entre nós – sobretudo os que amam o
jornalismo esportivo, onde comecei, como estagiário, minha vida
profissional – a esperança de que tudo se modifique, sabemos que o
dinheiro é um Moloch e pode estar em curso – qualquer semelhança é mera
coincidência, apenas uma mudança donos mundiais do futebol.
Preciosas, mesmo, são as gavetas da memória de Juca, das quais saem
histórias do passado que ajudam a entender o presente. E a temer, sem
que isso faça senão encorajar a luta destemida, pelo futuro.
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