quinta-feira, 4 de junho de 2015

Polícia revela que Vaniela fugiu de casa


Estudante voltou no último sábado à noite / Foto: reprodução do Facebook de Gleide ÂngeloEstudante voltou no último sábado à noite Foto: reprodução do Facebook de Gleide Ângelo
Após mistério sobre o paradeiro da estudante de direito Vaniela Oliveira Gomes da Silva, 26 anos, que desapareceu por três dias na semana passada, provocando comoção no Recife, a Polícia Civil divulgou onde a jovem esteve: no bairro de Tambaú, em João Pessoa, no estado vizinho da Paraíba. De acordo com a delegada Gleide Ângelo, em coletiva de imprensa concedida na manhã desta quarta-feira (3), ela fugiu e, para isso, usou uma carteira de identidade adulterada
O documento usado por ela estava em uma carteira encontrada pela estudante em uma rua do Centro do Recife há aproximadamente um ano. A estudante afirmou à delegada que pensava em entregar a identidade nos Correios, mas teria esquecido. Como ficou no caderno dela, no momento em que quis fugir, trocou a foto do RG por uma dela e usou o documento.

Pela adulteração, de acordo com a delegada, Vaniela responderá por falsificação de documento público, crime previsto no artigo 297, com pena de dois a seis anos de prisão. Ela responderá ao crime em liberdade. A dona da identidade também foi ouvida.

Delegada frisou que jovem nunca cometeu outros crimes
Delegada frisou que jovem nunca cometeu outros crimes Foto: Ana Maria Miranda/NE10
A identidade foi usada por Vaniela para se hospedar em uma pousada no estado vizinho, que não teve o nome divulgado. A universitária afirmou à delegada que saiu sozinha do Fórum de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, onde foi vista pela última vez, na última quarta-feira (27), e seguiu para o Terminal Integrado de Passageiros (TIP), na Zona Oeste da capital, onde pegou um ônibus para Tambaú. A hospedagem na cidade paraibana custou R$ 50 por dia. Vaniela saiu do Recife com R$ 400, dinheiro que sacou no dia em que fugiu.

"Ela disse que ficava a maior parte do tempo na pousada, de tarde saía e ficava andando na praia, ela disse que não se recorda se comeu. Ficava andando e pensando na avó, a ideia era ir de vez, mas o peso da avó fez com que ela voltasse", explicou a delegada.
A capital paraibana era o lugar mais longe para onde ela havia estado, em viagem com um grupo da igreja. Como já planejava sumir, sempre saía de casa com uma muda de roupa, para o dia em que tivesse coragem de executar o plano. Sem fornecer mais detalhes, a delegada afirmou que ela fugiu por se sentir pressionada devido a questões pessoais.
Em depoimento, Vaniela afirmou que voltou por se sentir culpada pela avó, com quem mora desde que nasceu e é totalmente dependente dela. Segundo Gleide Ângelo, a estudante chorava muito no depoimento por causa da avó e não sabia da repercussão que o caso havia tomado até chegar para depor na delegacia. A delegada ressaltou que todas as informações fornecidas pela moça em depoimento foram checadas e são verdadeiras.
"Ela é uma pessoa que nunca cometeu um erro na vida, surtou e diante disso não imaginou essa mobilização, essa repercussão", completou o delegado Neemias Falcão, chefe da força-tarefa do DHPP.
A jovem foi encaminhada para tratamento psicológico na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde cursa o terceiro período de direito. A investigação foi encerrada, mas o inquérito ainda não foi concluído por questões burocrática

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