Em meio à queda de braço com o Sindicato
dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), o
governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta sexta-feira (5), que fazer
greve não vai melhorar a situação financeira do Estado, nem o salário
dos professores.
O governador ressaltou que a greve foi
decretada de forma ilegal desde o começo e espera que a situação se
normalize. “A greve foi decretada ilegal desde o início, nós, mesmo
assim, iniciamos um processo de discussão que já vinha acontecendo.
Sempre dissemos que não é o melhor caminho para se chegar a soluções
fazer greve, pois só prejudica os alunos. Greve não vai melhorar a
situação financeira do Estado, nem o salário dos professores”, disse
Câmara, durante ato de assinatura de um projeto de Lei que vai instituir
a Política Estadual das Pesca Artesanal.
Segundo o socialista, o Estado já chegou
a um limite máximo no que poderia oferecer aos professores. “O Estado
chegou num limite máximo que podia chegar em relação às promoções que
foram colocadas na mesa. Infelizmente, o sindicato decidiu retornar a
greve”, comentou.
Segundo Câmara, um levantamento
realizado, nessa quinta-feira (4), mostrou que apenas quatro escolas da
rede pública estão com as portas fechadas, sendo assim o governador
espera que a greve termine para que possa haver uma discussão sobre o
futuro da educação em Pernambuco.
“Hoje vemos que são mínimas as escolas,
um levantamento feito ontem mostrou que são apenas quatro escolas
fechadas e esperamos que a situação se normalize. Assim podemos discutir
o futuro. É fundamental que não haja greve, não podemos penalizar os
alunos”, ressaltou.
Ainda segundo o governador, é preciso
sentar e conversar com paciência e transparência para que a situação
seja resolvida. “Tenho um compromisso com os professores, tenho
compromisso com a educação e quero aproveitar o ano de 2015 para
projetar 2016, 2017 e 2018, mas é preciso sentar e conversar com
paciência e transparência para que a situação seja resolvida.
Em nota, a Secretaria de Educação do
Estado informou que, nessa quinta-feira, 87% das escolas (910 unidades)
não paralisaram as atividades, 12,8% (134 escolas) pararam parcialmente e
0,2%, equivalente a duas unidades, aderiram totalmente à greve. O
levantamento é referente às aulas do turno da manhã. Assim,
a Secretaria de Educação segue solicitando aos pais que encaminhem seus
filhos às escolas para assistirem às aulas normalmente.
Os docentes entraram em greve pela
primeira vez do dia 10 de abril. A paralisação durou 24 dias. Depois de
24 dias, a greve foi retomada. A categoria pede reajuste de 13,01%. Já o
Estado garantiu aumento de 7,01%, que será pago em três parcelas.
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