segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Do metrô de São Paulo para o mundo


CARLOS BRICKMANN
 O Ministério Público de São Paulo recomendou a suspensão de dez contratos de reforma e modernização do Metrô paulistano, por "indícios de irregularidades". O secretário dos Transportes de São Paulo, Jurandir Fernandes, defendeu os contratos.

Até aí, tudo bem; mas soa estranho ouvir do secretário que "o mundo talvez tenha de aprender" com o Metrô daqui. Este colunista acha bom o Metrô paulistano; sem dúvida, é o meio de transporte urbano mais bem cuidado do país. Mas já andou de metrô em algumas cidades estrangeiras e, sem entrar em detalhes técnicos, não entende o que é que os gringos têm a aprender aqui, não.
Um dos contratos de reforma do Metrô paulistano se refere à implantação do sistema de segurança CTBC. O sistema, fabricado pela Alstom, não se adapta aos trens que ainda rodam em São Paulo. Não é a primeira vez que fatos como esse acontecem - coisa desagradável para quem quer ensinar o mundo. Houve os trens chineses que o Rio importou e não cabiam nas plataformas. E é provável que São Paulo sido o último cliente a usar computadores de cartão perfurado. Era difícil achar cartões, especialmente porque a Westinghouse, que forneceu os computadores, tinha deixado o ramo da informática uma ou duas décadas antes.

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