Diga que a década petista foi a década do discurso, que as pesquisas de intenção de voto não servem para nada e que Lula é o réu oculto do mensalão
Um filósofo com nome de francês. Parece bom presságio. E um historiador com nome de revolucionário mexicano. Pode até ser.
O que une os dois? A necessidade quase doentia em aparecer.
Imagine que o consenso acadêmico é
que a década de 1980 tenha sido perdido do ponto de vista econômico. O
que você faz? Cria um título bacana para seu livro afirmando que a
década perdida foi a última, não a de décadas atrás. Chama a atenção,
não? Mas não seria mais marketing que estudo acadêmico? Pode ser. Para
isto, melhor ler o livro.
Aí vem uma sucessão de adjetivos e
poucos substantivos. Afirma que o nunca houve tanta corrupção como na
década petista (chama assim: década petista!). De onde tirou a base de
comparação?
Afirma que a década petista foi a década do discurso. O que quer dizer com isto?
Afirma que as pesquisas de intenção de votos não servem para nada (assim, literalmente).
Para piorar, chama Lula de réu
oculto do mensalão. Aí, já é demais. Ele pode ser tudo, menos
considerado acadêmico ou intelectual. É militante. Como o revolucionário
mexicano.
Esta é a baliza para avaliar esta "produção intelectual" da "nova" direita brasileira.
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