Em entrevista na internet, Dirceu nega planejar fuga do país para evitar prisão e diz ter 'paixão' pelo Brasil
Dirceu
disse encarar o fim do processo do mensalão com "serenidade e
tranquilidade" e se definiu como vítima de preconceito da elite contra
seu partido. "Fui
transformado no principal alvo do ódio, da inveja de setores da elite do
país que não se conformam com a eleição do presidente Lula, com o papel
que ele tem no mundo, com o PT, com a eleição da Dilma. Acabei
escolhido para ser o símbolo desse ressentimento que eles procuram
disseminar", declarou.
Ele também reclamou da
imprensa. "Não sei se alguém no Brasil sofreu campanha tão intensa,
generalizada, difamatória, caluniosa e, muitas vezes, sem acesso aos
meios de comunicação para me defender, com honrosas exceções", afirmou
Dirceu.
NÃO FUGIRÁ
O petista evocou o período
em que viveu no Brasil na clandestinidade, na década de 1970, para dizer
que não pretende deixar o país nem "fugir" da sentença a que foi
condenado. Ele disse que, durante a ditadura militar, correu risco de
morte ao retornar do exílio no México e em Cuba, por ter "paixão" pelo
país.
"Fico indignado quando
dizem que vou sair do Brasil, que vou fugir. Minha luta sempre foi o
Brasil", disse. Olhando diretamente para a câmera, que passou a
focalizá-lo em close enquanto ele falava sobre o julgamento, o
ex-ministro concluiu: "Não se iluda, minha natureza é política. Vou
continuar sendo sempre o Zé Dirceu, militante do PT.(DO MAGNO MARTINS)
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