Do JC Online
Foto: Marcelo Soares/Acervo JC Imagem
Bancários de Pernambuco
decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da 0h do
próximo dia 19. A mobilização é nacional e reivindica reajuste salarial
de 11,93%, piso de R$ 2.860,21, melhores condições de trabalho, que
inclui mais segurança nas agências, fim das metas abusivas e mais
contratações de funcionários, além da implantação de Plano de Cargos,
Carreiras e Salários (PCCS). A decisão da categoria, em assembleia na
noite desta quarta, na sede do sindicato, bairro da Boa Vista, área
central do Recife, rejeita a proposta dos patrões, de aumento de 6,1%
sobre salários, pisos e benefícios.
Durante a votação, que reuniu 300
funcionários, houve seis votos contra a deflagração da greve que
atingirá aproximadamente 500 agências no Estado. Segundo a presidente do
Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, as negociações
com os patrões iniciaram no dia 30 julho, quando foi entregue a pauta de
reivindicações. "Houve quatro rodadas de negociação, até o dia 5 de
setembro, quando apresentaram a proposta que não contempla nossas
reivindicações. Desde então, estamos nos mobilizando e avisando a
população que pretendemos parar", explicou. No próximo dia 18, serão
organizados os esquemas de paralisação.
A proposta apresentada na quinta-feira
da semana passada pela Federação Nacional do Bancos (Fenaban) ao Comando
Nacional prevê reajuste salarial de 6,1%, a ser aplicado nos pisos dos
bancos privados e públicos, na Participação nos Lucros e Resultados e
demais verbas salariais. O piso salarial da categoria é de R$ 1.530.
A categoria reivindica ainda
auxílios-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá, no
valor de R$ 678 ao mês para cada um, além de auxílio-educação para
aprimorar a formação superior dos bancários, contratação de mais
funcionários, combate à terceirização e cotas de pelo menos 20% de
negros nas contratações. No âmbito da segurança, pedem o fim da guarda
das chaves de cofres e agências por bancários. Na proposta apresentada
pela Fenaban, não foi discutida a questão de medidas preventivas nas
agências. No Estado, há aproximadamente 12 mil bancários.
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