Procura pelo dinheiro de plástico saltou de 6,2%, em 2009, para 16,8% este ano
A maioria dos brasileiros que solicita cartão de
crédito (78%) no País busca financiamento e outros serviços em mais de
uma instituição, segundo estudo da Serasa Experian, apresentado nesta
quarta-feira, 4, no C4 - Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor.
"Este fator, se combinado ao aumento das adesões na classe E, alerta
para a possibilidade de superendividamento e inadimplência futuros caso
não haja planejamento financeiro", destaca a análise.
A representatividade da classe E na demanda por cartões de crédito
saltou de 6,2%, em 2009, para 16,8% este ano, segundo pesquisa feita
pela Serasa com 1 milhão de CPFs, num processo crescente a cada ano. A
maior participação desse público no uso do cartão e a busca por crédito
em mais de uma instituição são riscos que têm de ser adequadamente
monitorados, conforme o estudo. Isso porque estes novos consumidores
geralmente não têm vivência no mercado de crédito.
"Estes cidadãos estariam começando a aprender a lidar com crédito
justamente numa modalidade em que os juros são altos. Assim, o risco de
terem uma primeira experiência frustrante de crédito não é desprezível",
diz o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.
A baixa renda continuou na liderança entre os públicos solicitantes de
cartão de crédito. Responderam por 26% do total, de acordo com a Serasa.
Geralmente, essas pessoas têm entre 20 e 30 anos e empregos que exigem
pouca qualificação ou mesmo informais.
Já os consumidores com idade média de 30 anos e renda mensal média de R$
1428,78 aumentaram sua participação de 12% do total para 16%. Com maior
representatividade dentre os grupos que solicitam cartão de crédito,
segundo a Serasa, este público avançou da quarta para a segunda posição
no ranking dos que mais buscam esse tipo de serviço.
O estudo da Serasa Experian revelou ainda que a inadimplência nos
primeiros quatro meses após a aquisição do cartão de crédito está menor
neste ano. Em 2011, 3,2% dos novos consumidores ficaram com pendências
nesse período - que, na transição para 2012, teve alta de 36%, elevando a
4,4% a participação de novos consumidores inadimplentes. No entanto,
neste ano, o índice registrou declínio de 14%, reduzindo a parcela de
inadimplentes para 3,8%.( Agência Estado)
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