247 - As vendas de Natal do comércio tiveram um novo
ano de queda em 2016, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira
(26) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O levantamento
mostra que as vendas a prazo tiveram queda de 1,46%, no terceiro ano
seguido de recuo das compras parceladas de presentes.
“O comércio vendeu menos a prazo, mas não significa que o brasileiro
deixou presentear. Os consumidores estão mais preocupados em não
comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso optaram
por presentes mais baratos e geralmente pagos à vista, as famosas
'lembrancinhas'”, explicou em nota o presidente da CNDL, Honório
Pinheiro.
“Com o acesso ao crédito mais difícil, juros, inflação e desemprego
elevados, o poder de compras do brasileiro ficou muito mais limitado
para compras caras”, disse.
O resultado negativo já era aguardado pelos lojistas. "Reflete a
tendência de desaquecimento das vendas no varejo observado ao longo de
2016, em virtude do cenário econômico desfavorável, com crédito mais
caro, inflação elevada, aumento do desemprego e baixa confiança do
consumidor para se endividar”, disse também em nota o presidente do SPC
Brasil, Roque Pellizzaro.
O Natal é considerado pelos lojistas a data comemorativa mais importante em faturamento e volume de vendas.
VENDAS EM SHOPPINGS TÊM PRIMEIRA QUEDA EM 12 ANOS
As vendas em lojas de shopping no ano de 2016 acumulam R$ 140,5
bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira de lojistas de
Shopping (Alshop). O resultado este ano é 3,2% menor em termos nominais
do que o de 2015, de acordo com o estudo.
A Alshop apresentou números da evolução histórica das vendas em
shoppings desde 2004 e, segundo os dados da entidade, o ano de 2016 é o
primeiro desde então em que o setor registrou queda de vendas em termos
nominais.
Como consequência da crise, o segmento de lojas de shoppings encolheu
em 2016, encerrando o ano com menos pontos de venda em operação do que
no ano passado. Dados da Alshop apontam uma queda de 12,9% na quantidade
de lojas este ano.
É a primeira vez que a associação detecta uma diminuição na
quantidade de lojas ao longo de um ano pelo menos desde a transição de
2004 para 2005, quando começou a ser feito o levantamento sobre a
indústria de shoppings brasileira.
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