O governo anunciou, ontem, a extinção de 4.689 funções e cargos
comissionados da administração federal. O corte vai gerar economia de R$
240 milhões por ano. Horas depois de comemorar a redução da folha de
pagamento, o Ministério do Planejamento divulgou o reajuste salarial de
oito categorias de servidores federais que gerará gasto extra de R$ 3,8
bilhões só em 2017. Ou seja, a economia com o corte de pessoal equivale a
apenas 6,3% do gasto extra com o aumento salarial.
O reajuste dos servidores será pago a partir de 2017 de forma
parcelada até 2019. Nesse período, o impacto total do gasto extra sobre o
caixa do governo deve alcançar R$ 11,2 bilhões.
O aumento beneficiará oito carreiras: auditor da Receita Federal e do
Trabalho, perito médico previdenciário, carreira de infraestrutura,
diplomata, oficial de chancelaria, assistente de chancelaria e policial
civil dos ex-territórios. Antes do aumento, o salário inicial de um
auditor-fiscal da Receita já superava os R$ 15 mil e atingia mais de R$
22 mil no fim de carreira.
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