O governo Michel Temer silenciou nesta sexta-feira (28) sobre as acusações envolvendo o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB). Após a reunião nesta manhã no
Itamaraty, que contou com a presença dos presidentes dos três Poderes e
de vários ministros, Temer fez uma breve declaração, respondeu a apenas
uma pergunta, mas se calou quando questionado sobre as acusações feitas
pela Odebrecht contra Serra.
Como revelou a Folha nesta
sexta, executivos da empresa apontaram à Lava Jato dois nomes como
sendo os operadores de R$ 23 milhões pagos pela empreiteira via caixa
dois à campanha presidencial do hoje chanceler, na eleição de 2010, em
conta na Suíça.
O
acerto do recurso no exterior, segundo a construtora, foi feito com o
ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (ex-PSDB e hoje no PSD), que
integrou a coordenação política da campanha de Serra.
O
suposto caixa dois operado no Brasil, de acordo com os relatos, foi
negociado com o também ex-deputado federal Márcio Fortes (PSDB-RJ),
próximo de Serra.
No
momento da pergunta da reportagem, Temer já encerrava a entrevista para
a imprensa e virou de costas, subindo as escadas que levam aos
gabinetes do Itamaraty.
Antes
disso, limitou-se a exaltar a reunião como inédita e dizer que "o clima
foi de harmonia absoluta e de responsabilidade. Todos eles, todos nós,
voltados para este tema [segurança pública]".
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, que acompanhava a declaração de Temer, também não quis comentar as acusações contra Serra.
"Eu cuido da Defesa, não vou responder a isso", esquivou-se
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