O diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho,
declarou em depoimento à Polícia Federal que o órgão realizou ação de
contrainteligência também na residência oficial da presidência da
Câmara, na época em que era ocupada por Eduardo Cunha. A pedido do
próprio Cunha, realizou-se no imóvel uma varredura para detectar escutas
ambientais.
Em notícia veiculada no canal GloboNews, o repórter Vladimir Netto
informou o teor do depoimento de Pedro Carvalho, ocorrido nesta
segunda-feira. Foi a segunda vez que a PF inquiriu o servidor desde
sexta-feira, quando foi preso. Segundo ele, a varredura na residência da
Câmara ocorreu na sequência de uma batida da Polícia Federal. Munidos
de mandado judicial, agentes da PF realizaram busca e apreensão na casa
oficial da Câmara em 15 de dezembro de 2015.
A varredura requisitada por Cunha seguiu o mesmo padrão das que foram
realizadas em imóveis funcionais e particulares de senadores e
ex-senadores que, como ele, são investigados na Operação Lava Jato:
Fernando Collor, Gleisi Hoffmann, Edison Lobão Filho e José Sarney. Para
o Ministério Público Federal, as ações foram ilegais. Para o presidente
do Senado, Renan Calheiros, a Polícia Legislativa respeita a
Constituição, as leis e as normas.
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