247 - Em resposta à acusação do delegado Filipe
Hille Pace, da Polícia Federal, de que o ex-presidente Lula seria o
"amigo" indicado em uma planilha de pagamentos da Odebrecht, e que teria
recebido R$ 23 milhões, a defesa do petista afirma, em nota, que "a
Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar sustentação às
acusações".
Para os advogados de Lula Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira,
"uma autoridade que não é a responsável pelas investigações em relação a
Lula emitiu sua 'convicção', sem lastro, para atacar a honra e a
reputação do ex-Presidente". "Tal posicionamento não pode, assim, ser
tratado como oficial, mas tão somente como a indevida e inconsequente
opinião de um membro da Polícia Federal", afirmam.
A defesa lembra ainda que "todas as contas de Lula já foram
analisadas pela Polícia Federal e nenhum valor ilegal foi identificado".
Leia mais aqui sobre a acusação da PF e abaixo a íntegra da nota da
defesa:
Nota
A Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar sustentação às acusações
formuladas contra Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo após ter promovido
devassa em relação ao ex-Presidente, seus familiares, colaboradores, ao
Instituto Lula e à empresa de palestras LILS. São, por isso, sem
exceção, acusações frívolas, típicas do lawfare, ou seja, da manipulação
das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição
política.
Neste caso, uma autoridade que não é a responsável pelas
investigações em relação a Lula, emitiu sua "convicção", sem lastro,
para atacar a honra e a reputação do ex-Presidente, repetindo o abuso
praticado na coletiva realizada pelos Procuradores da Operação Lava Jato
(14/9/2016), quando nosso cliente foi alvo de comentários sobre
questões estranhas ao processo ali tratado. Tal posicionamento não pode,
assim, ser tratado como oficial, mas tão somente como a indevida e
inconsequente opinião de um membro da Polícia Federal, sem elemento
algum para autorizar a conclusão de que Lula recebeu qualquer vantagem
indevida. Todas as contas de Lula já foram analisadas pela Polícia
Federal e nenhum valor ilegal foi identificado.
Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira
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