Moro recomenda leniência para empreiteiras da Lava Jato
São Paulo e Curitiba, 21 – O juiz federal Sérgio
Moro recomendou à Camargo Corrêa – uma das empreiteiras alvo da Operação
Lava Jato por cartel e corrupção em contratos da Petrobras – que
‘busque acertar sua situação’ por meio de acordo de leniência junto ao
Ministério Público Federal, Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(CADE), Petrobras e Controladoria-Geral da União (CGU).
A
recomendação de Moro foi dada em um trecho da sentença em que condena
altos executivos que ocuparam cargos estratégicos na empreiteira, Dalton
dos Santos Avancini, Eduardo Leite e João Ricardo Auler. Os dois
primeiros pegaram pena superior a 15 anos de reclusão, transformada em
regime domiciliar pela delação premiada que fizeram. Auler não fez
delação e pegou 9 anos e meio de prisão.
Na sentença, Moro
abordou a leniência, que equivale à delação premiada, mas usada apenas
por pessoas jurídicas. Os acordos de leniência são um ponto de discórdia
no âmbito da Lava Jato entre instituições federais.
“Embora a
sentença não se dirija contra a própria Camargo Correa, tomo a liberdade
de algumas considerações que reputo relevantes”,. anotou o juiz.
“Considerando as provas do envolvimento da empresa na prática de crimes,
incluindo a confissão de seu ex-presidente, recomendo à empresa que
busque acertar sua situação junto aos órgãos competentes, Ministério
Público Federal, CADE, Petrobras e Controladoria Geral da União.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário