O
delírio leva à loucura, o que é sempre péssimo. Mas há também a parte
prática da coisa: governos diversos empregando jornalistas a favor e
torpedeando jornalistas que não considera confiáveis; e, especialmente,
políticos multiplicando processos contra jornalistas que os incomodem.
Para o político, tudo bem: em geral não tem nada que lhe ocupe o tempo e
dispõe de advogados em seu gabinete (adivinhe quem os paga).
Para
os jornalistas, é um aborrecimento, já que têm de utilizar para a
defesa tempo que seria mais útil no trabalho. E mesmo que advogados
amigos os defendam gratuitamente, arcam com despesas e custas. O
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB fluminense,
está processando um dos jornalistas mais queridos do eixo Brasília-Rio,
Jorge Moreno, de O Globo, considerando-se ofendido por achar que a expressão “Coisa Ruim” se refere a ele.
Frase
de Moreno: “Cunha deveria processar suas próprias testemunhas, que
levou para me acusar. Elas disseram ter certeza, mesmo sem provas, de
que o meu Coisa Ruim é para ele. Elas o conhecem. Eu, não.”
Como é mesmo aquela história de carapuça?
Nenhum comentário:
Postar um comentário