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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Os loucos e os práticos

Carlos Brickman
O delírio leva à loucura, o que é sempre péssimo. Mas há também a parte prática da coisa: governos diversos empregando jornalistas a favor e torpedeando jornalistas que não considera confiáveis; e, especialmente, políticos multiplicando processos contra jornalistas que os incomodem. Para o político, tudo bem: em geral não tem nada que lhe ocupe o tempo e dispõe de advogados em seu gabinete (adivinhe quem os paga).
Para os jornalistas, é um aborrecimento, já que têm de utilizar para a defesa tempo que seria mais útil no trabalho. E mesmo que advogados amigos os defendam gratuitamente, arcam com despesas e custas. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB fluminense, está processando um dos jornalistas mais queridos do eixo Brasília-Rio, Jorge Moreno, de O Globo, considerando-se ofendido por achar que a expressão “Coisa Ruim” se refere a ele.
Frase de Moreno: “Cunha deveria processar suas próprias testemunhas, que levou para me acusar. Elas disseram ter certeza, mesmo sem provas, de que o meu Coisa Ruim é para ele. Elas o conhecem. Eu, não.”

Como é mesmo aquela história de carapuça?

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