Os manifestantes, que se reuniram na praça 19 de Dezembro na manhã
desta terça-feira (5), estão concentrados agora na praça Nossa Saleta de
Salete, que fica no meio da Assembleia e do Palácio Iguaçu, no Centro
Cívico de Curitiba. Pouco mais de 10 policiais estão ao redor do local.
Na frente do Palácio, no entanto, há pelo menos 50 seguranças.
No caminho até a praça, os professores gritavam frases do tipo "Eu
quero ver, se vai cair o secretário que mandou nos agredir", puxados por
quatro carros de som. Além de flores, carregavam faixas, com frases
"menos bala e mais educação" e cartazes com fotos dos deputados que
apoiaram as mudanças na lei da Paraná Previdência. Ao todo, 31
parlamentares votaram a favor e 20 contra, além de duas abstenções.
Os protestos começaram porque os deputados votaram, a portas
fechadas, o projeto do governo Beto Richa (PSDB) que modifica a
previdência dos funcionários públicos estaduais. Os professores, ao
tentaram romper o cerco da Polícia Militar na Assembleia Legislativa e
impedir a votação, na última quarta-feira (29), foram recebidos com
bombas de gás e balas de borracha. Segundo a Prefeitura de Curitiba,
foram mais de 200 feridos.
A polêmica lei de reforma da previdência, sancionada pelo governador
na quinta-feira (30), transfere mais de 33 mil beneficiários de 73 do
Fundo Financeiro, bancado pelo governo estadual, para o fundo
Previdenciário, composto pela contribuição dos próprios servidores.
Esses servidores serão pagos ao longo dos próximos anos com recursos
poupados por eles mesmos. A mudança, na prática, dará ao governo uma
economia de R$ 125 milhões por mês.
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