247 - O PSDB,
partido que sonhava com o impeachment da presidente Dilma Rousseff,
terminou a semana ao som de 25 mil pessoas, no estádio Couto Pereira, em
Curitiba, gritando "Fora Richa" (confira aqui).
Um fecho melancólico para os
tucanos, que foram incapazes de se solidarizar aos professores agredidos
pela Polícia Militar do governo Richa, no último dia 22.
Um mutismo eloquente que ecoou até
entre colunistas do jornal O Globo. Jorge Bastos Moreno, em seu blog,
criticou o "silêncio ensurdecedor" de Aécio Neves (PSDB-MG), presidente
nacional da legenda (confira aqui). Ricardo Noblat, por sua vez, foi direto ao ponto no artigo "Perdeu, playboy" (leia aqui).
A violenta repressão policial aos
professores envergonhou o Brasil, ganhou as páginas e telas da imprensa
internacional e revelou a dificuldade do PSDB de se colocar ao lado ou
em defesa de movimentos sociais. No Primeiro de Maio, o senador Aécio
desfilou ao lado do deputado Paulinho da Força (SD-SP), que, com a
tradicional elegância, chamou a presidente Dilma de "desgraçada".
Distante do povo, os tucanos
poderiam contar, como sempre, com o apoio dos meios de comunicação. E,
neste fim de semana, dois tiros de canhão estavam previstos: um contra o
ex-presidente Lula, outro contra o marqueteiro João Santana.
O problema é que as duas denúncias
não ficaram 30 segundos de pé. A de Época, sobre um suposto lobby de
Lula no BNDES em favor de empreiteiras, entra para o anedotário da
imprensa brasileira (leia aqui).
A da Folha foi rebatida, de forma extremamente competente, pelo próprio
João Santana, que exigirá retratação da Polícia Federal (leia aqui).
Bom, sendo assim, restam as
manifestações. Mas o mico da semana foi dado por Kim Kataguiri, líder do
chamado Movimento Brasil Livre, que organiza as passeatas pelo
impeachment. Confrontado com uma simples tentativa de entrevista de um
repórter, ele mandou a foto de sua bunda por email (confira aqui).
É, pelo jeito, deu m...
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