sábado, 9 de maio de 2015

OAB rebate Senado: Fachin não violou a lei



A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) esclareceu em nota divulgada nesta sexta-feira 8 que o jurista Luiz Edson Fachin, indicado da presidente Dilma Rousseff para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), não violou a lei ao atuar simultaneamente como advogado e procurador do Estado no Paraná. Isso porque, de acordo com o texto, assinado pelo presidente da OAB, Marcus Vinícius Coêlho, não há impedimentos para que um procurador de Estado atue simultaneamente como advogado, desde que ele não participe de casos específicos contra a Fazenda Pública, que é responsável por sua remuneração no cargo de procurador.

"O jurista Luis Edson Fachin exerceu regularmente a advocacia privada no período em que foi Procurador do Estado do Paraná, nos termos da lei federal de regência e respaldado por prévia e expressa autorização da OAB, anotada em sua carteira funcional, ocasião em que ficou registrado apenas o impedimento de atuar contra o Estado-membro, inclusive diante da Constituição local", diz trecho da nota da OAB.

O comunicado vai de encontro com parecer técnico divulgado ontem pela Consultoria Legislativa do Senado, a pedido do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que aponta que Fachin violou lei ao exercer dupla atividade. Nesta sexta-feira 8, porém, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),desautorizou a Consultoria, assegurando que trata-se apenas de "opinião pessoal" do consultor e não representa a posição do Senado.

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