247 – A pedido da Procuradoria-Geral da República, o
ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou uma
operação de busca e apreensão no gabinete do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele é suspeito de se beneficiar do esquema de
corrupção da Petrobras e está entre os 50 investigados com inquéritos no
Supremo.
Cunha aparece nos registros da Câmara como "autor" de requerimento
que teria sido usado para chantagear empresa. Segundo depoimento do
doleiro Alberto Youssef, em delação premiada, ele apresentou pedido para
investigar uma fornecedora da estatal que teria interrompido o
pagamento de propinas, a Mitsui.
Durante a semana, Cunha acusou Rodrigo Janot de ter “opinião formada”
sobre seu caso. Ontem, o presidente da Câmara voltou a rechaçar a
decisão do procurador-geral da República de pedir ao STF que dê
continuidade ao inquérito sobre sua participação no esquema investigado
pela Operação Lava Jato.
"Ele escolheu a mim e está insistindo na querela pessoal porque eu o
contestei. Virou um problema pessoal dele comigo", afirmou. Segundo
Cunha, no documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele
provou que as contribuições citadas foram feitas diretamente. "[Janot]
insiste e me escolheu para investigar. Ele coloca as situações que não
fazem parte do objeto inicial do Ministério Público baseado em matérias
jornalísticas para criar qualquer tipo de constrangimento. Não vai me
constranger. Estou absolutamente tranquilo", garantiu.
Leia aqui na reportagem de Talita Fernandes sobre o assunto.
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