A Arquidiocese de Olinda e Recife iniciou neste domingo (3) o processo de beatificação e canonização do arcebispo emérito Dom Hélder de Arruda Câmara.
A missa que deu início ao processo foi celebrada na Sé de Olinda –
onde Dom Hélder está enterrado – pelo arcebispo Dom Fernando Saburido e
teve a presença do governador Paulo Câmara (PSB) e do prefeito Renildo
Calheiros (PCdoB).
Na ocasião foi formada uma comissão de cinco membros, coordenada pelo
bispo auxiliar Dom Antonio Tourinho Neto, para ouvir o depoimento de
pessoas que tiveram convivência com o “Dom da Paz”.
Essa comissão, que vai trabalhar durante 1 ano e meio, deverá ouvir
cerca de 50 pessoas nas cidades de Olinda, Recife, Rio de Janeiro, São
Paulo e Fortaleza.
A primeira pessoa a ser ouvida foi o arcebispo emérito de João
Pessoa, Dom José Maria Pires, também conhecido por “Dom Pelé”, por ser
da raça negra, que teve uma convivência muito próxima com Dom Hélder
durante a ditadura militar.
Os depoimentos são sigilosos e depois serão encaminhados ao Vaticano
para dar seguimento ao processo, que geralmente dura anos na burocracia
da Santa Sé.
Dom Hélder chegou a ter o nome indicado para o Prêmio Nobel da Paz
mas a diplomacia brasileira trabalhou contra por intercessão dos
militares que governavam o Brasil.
Por ter abraçado causas sociais e a defesa dos direitos humanos, o
“Dom da Paz” foi uma das personalidades mais perseguidas pela ditadura
nas décadas de 60, 70 e 80.
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