O
Governo de Pernambuco inicia fevereiro planejando ações de
racionalização nas despesas correntes do Estado. O decreto será
publicado no Diário Oficial desta terça-feira, 3 de fevereiro. Com isso,
fica instituído o Plano de Contingenciamento de Gastos (PCG) que tem
como meta racionalizar os gastos da máquina pública em R$ 320 milhões,
só em 2015. A medida leva em consideração as projeções econômicas e
financeiras do País que apontam para um cenário fiscal restritivo, com
ausência de crescimento da economia brasileira, taxa de juros alta e
consequente baixa projeção para o incremento de receitas para os
estados.
O
Decreto prevê diversas medidas de melhoria do gasto público por meio de
uma atuação direta com os gestores do Estado, a fim de identificar,
propor e implementar ações de economia. A coordenação fica por conta de
um comitê gestor composto por representantes da Assessoria Especial do
Governador do Estado, Secretaria de Administração do Estado (SAD),
Secretaria da Controladoria Geral do Estado (SCGE), Secretaria da
Fazenda do Estado (Sefaz), Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e
Procuradoria Geral do Estado (PGE). Esse grupo acompanhará de forma
detalhada as várias propostas de contingenciamento de recursos.
“Precisamos
continuar nos preparando para o cenário fiscal restritivo que está
posto para o País. Vamos estabelecer metas, procedimentos e rotinas
eficazes, focados no combate ao desperdício e na otimização do gasto. Os
projetos prioritários não serão impactados. Vamos manter a qualidade
dos serviços com a eliminação do gasto ruim”, destacou Paulo Câmara.
Entre
as medidas do Executivo estadual está o desenvolvimento de propostas de
economia em temas como: serviços de consultoria, diárias e passagens,
manutenção da frota, combustível, locação de veículos, licenças de
softwares, publicidade, transferências voluntárias, entre outros. Os
recursos já destinados ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento
Municipal (FEM) serão preservados, bem como os programas de relevância
para a sociedade, tal como o Pacto Pela Vida.
Os
dirigentes dos órgãos da administração direta e indireta deverão
designar, no prazo de três dias, os representantes de cada unidade
gestora que vão atuar na implementação e na coordenação do PCG em seus
órgãos. Serão desenvolvidos, ainda, estudos para que os gastos tenham
caráter mais racional e sejam cada vez melhor planejados.
“O
nosso desafio é conseguir, através de medidas de contingenciamento
propostas pelos gestores públicos, ganhar capacidade de manutenção do
nível de serviço, preservando os projetos prioritários. Não existe
fórmula. As propostas serão resultado do esforço dos gestores em
melhorar o gasto. Mais esforço vai resultar em mais economia. A atuação
será de forma parceira, incentivando ainda mais o uso racional dos
recursos públicos e sensibilizando os servidores para o momento
econômico do País. Esta é uma determinação do governador Paulo Câmara”,
argumentou o secretário da Controladoria Geral do Estado, Rodrigo Amaro.
PRINCIPAIS AÇÕES PROPOSTAS NO DECRETO
• Corte nas consultorias, concessão de diárias, manutenção da frota, publicidade, entre outros temas;
• Devolução dos veículos com menos de 1,2 mil km rodados por mês;
• Redução dos custos para telefonia fixa e móvel;
• Fiscalização das despesas com cessão de pessoal;
• Suspenção no aditamento de contratos de terceirização que resultem no aumento da despesa;
•
Corte na aquisição de passagens aéreas e diárias internacionais e
contingenciamento de passagens nacionais através do Sistema de Controle
de Viagens na Administração Pública (SCVI);
• Priorização de compras corporativas;
• Regras mais rígidas para o crescimento e o incremento de despesas;
• Implantação de “ilhas de impressão” nos órgãos para reduzir o custo de aquisição de papel e insumos;
• Renegociação de preços nas atas corporativas para valores de mercado;
• Aumento da eficiência energética;
• Criação de cadastro de regularidade dos convênios e transferências estaduais;
• Implantação de sistemática para o controle de Suprimento de Fundos Institucional (SFI);
• Redução de 10% nas transferências voluntárias;
• Suspender a implantação de novos Datacenters.
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